CRONICA DE UMA EXPEDIÇÃO 1996
LISBOA
/GUINÉ-BISSAU/PORTO
14 MARÇO / 13 ABRIL (1996)
CRONICA DE UMA EXPEDIÇÃO
HISTORIAL
A
Turma Todo Terreno nasce em Abril de 1995 no jantar de confraternização dos
elementos que integraram o “FIRST OFF ROAD” - I EXPEDIÇÃO 4X4 A MARROCOS.
Sonho
há muito acalentado pelo impulsionador da prática do todo-o-terreno no
G.D.C.T.BRISA - a descoberta de
África - ou o acompanhamento de um
Granada/Dakar - tomou forma com esta
AVENTURA.
A
PREPARAÇÃO
Do
sonho à realidade por vezes medeiam distâncias e obstáculos incomensuráveis. Aí
reside o desafio! Não será que o
transpôr dessas barreiras torna o HOMEM mais sólido e determinado?
Foi
fácil passar das palavras às acções;
reuniram-se boas-vontades, fez-se correr muito discurso e os frutos,
timidamente, foram desabrochando.
Houve
grande apoio e aplauso à iniciativa de levar uma ajuda humanitária, e assim,
DO
ZIGURATE À PIRÂMIDE
nasceu
um movimento solidário para reunir bens de primeira necessidade a serem transportados por via
aérea e entregues em Antula ( povoação a
6 Km. de Bissau) a cerca de 300 crianças da Escola das Irmãs Franciscanas
Hospitaleiras.
Fora
da data e do contexto previsto, esta acção humanitária irá ser concluida dentro
de curto espaço de tempo contando-se desde já com os indispensáveis apoios.
E CHEGA O
GRANDE DIA
Concluidas
as JORNADAS NACIONAIS para selecção dos participantes, encontram-se inscritas 5
viaturas 4x4 e 3 motos, num total de 19 elementos. Desistências de última hora
levam a participar 16 elementos e menos 1 moto.
Preparam-se
as viaturas com os tradicionais auto-colantes dos patrocinadores, todo o
material de sobrevivência aconselhado - reunem-se os amigos mais entusiastas,
alguma comunicação social - e é dada a PARTIDA
NA ESTRADA
Manhã
bem cedo, pequeno almoço no HOTEL IBIS /AREA DE SERVIÇO GALP - OEIRAS, atestar
as viaturas, dar os úlimos retoques, escutar os conselhos e opiniões daqueles
que por qualquer motivo não poderam participar.
E aí
temos quasi 15.000 Kms. para percorrer em 30 dias - nem dá para pensar!
Rolar
no asfalto é agora o objectivo - terras de Campo Maior a convite da
NOVADELTA e já 2 horas de atraso em
relação ao previsto - atravessar Espanha atingir Algeciras para atravessar no
primeiro barco, no 2º dia (760 kms percorridos e o 1º. furo).
A
Fronteira de Tanger, o tal pessoal de Alfândega, as já conhecidas
dificuldades/facilidades, sorrisos, prendas e aí vai a EXPEDIÇÂO por TERRAS DO
REINO DE MARROCOS.
Mais
uma vez, novo record, 1 hora e 10 minutos para as formalidades.
A SURPRESA
Marrocos,
o MEDIO ATLAS, está coberto por um imaculado lençol de neve - o Marrocos de
1995, árido, seco, côr de terra, deu lugar a uma nova paisagem - depois do
branco, os prados de todas as cores que a paleta de um pintor pode compôr.
Desde o verde da erva às miríades de cores das inúmeras flores que uma
Primavera precoce desenrolou aos nossos olhos maravilhados.
E
eis senão quando, no que parecia a nossa bela Serra da Estrela, nos empolgamos
nas “trocas” e “compras” numa azáfama como se do negócio dependesse o nosso
futuro! Estrada fora, não há mais tempo,
há que prefazer os quilómetros
estabelecidos.
NO DESERTO
Para
além do Atlas, o “cavalgar” das DUNAS DE MERZUGA
e os primeiros atolanços na areia solta,
O
Lago Salgado, o Acolhimento, pernoitar no SOLEIL BLEU com tan-tans e a primeira Tagine para o
jantar; inolvidável!
O SEPARAR
Rumar
a Oarzazate,
a
contrariedade de uma viatura tripulada por Amandio e Jorge voltar a RABAT para
requerer VISTOS DE ENTRADA na MAURITÂNIA.
Com
a devolução dos passaportes pela Embaixada da Mauritânia em Paris sem aposição
de vistos e a informação do nosso consultor de viagens de que os mesmos só
poderiam ser obtidas em território de Marrocos levaram a que a Expedição
progredisse para Essaouira, via Marrakech.
Conversações,
formulários, burocracias, carta do Embaixador de Portugal em Marrocos ao
Embaixador da Mauritânia, 3 dias para esperar resultados. Reunião à Expedição depois de 36 horas e
1.100 kms..
Com
alegria e melancolia à mistura joga-se
uma peladinha “norte/sul”. Aproveita-se
a pausa para “ um MACGUIVER” marroquino
reconstruir o miolo da bomba de água
do Range-Rover 3.9 - V8 (não há peças novas e o pedido a Espanha com circuito pelas
Canárias levaria 4 dias); felizmente os
mecânicos não têm horário.
RENASCE A
ESPERANÇA
De
novo a separação. A Expedição desce para La Ayoune
para se ir aproximando da fronteira e Amândio e Leonor sobem a Rabat . Durante
dia e meio luta-se pela obtenção dos
vistos e a pouco e pouco vão-se gorando todas as expectativas.
Paradoxos
ou logros do tipo: - se os elementos da expedição apresentarem bilhetes aéreos
é possível serem dados os vistos; (os
bilhetes aéreos custariam a módica quantia de 1.400.000 escudos, parte
reembolsável no prazo de 1 ano, se os
bilhetes não fossem utilizados).
No
entanto a RAM informou estarem suspensos
todos os voos entre Marrocos e Mauritânia entre 22.3 e 18.4. Pareceu-nos
previsível que se apresentássemos os
bilhetes para depois daquela data nos mandassem ir buscar os vistos só
na véspera do respectivo dia - o que
quereria dizer depois da Expedição ter regressado a Portugal!
A NOITE DA
DESISTENCIA
Um
grande vazio acompanha-nos na viagem até La Ayoune. Jantar e dormir no hotel
foi façanha só conseguida com ajuda militar pois a U.N. ocupa mais de 80% das
unidades existentes inflacionando os preços espectacularmente.
Todos
de novo reunidos lamentámos o fracasso
“e lambemos as feridas” - não dormimos -
especialmente “o chefe não dormiu”.
Informaram-se
os amigos da desistência de chegar À GUINÉ-BISSAU, suspendeu-se a ponte aérea e
resolveu-se “curtir Marrocos”
O
DESPERTAR
TARFAYA,
manhã cedo, ar leve, brisa marítima, cantam os pássaros e é hora de decisões.
Fala
o “chefe”:
Não
ao conformismo, não ao recuar perante as primeiras dificuldades. A fronteira da
BIRMOUGRAINE está fechada mas passa-se em NOUADIBOU . É segunda-feira temos
cerca de 530 kms. para amanhã integrarmos o comboio militar e seguir 550 kms.
até LAGWIRA. Depois tentar alcançar
NOUADIBOU e permissão para atravessar a Mauritânia.
“VAMOS
ATÉ ONDE NOS DEIXAREM “ diz Amândio de Carvalho - e todos aplaudem.
E ASSIM SE
FEZ
Rolar...
rolar ... rolar até DAKHLA, dormir depressa, manhã cedo, Gendarmerie, Alfândega e Estado Maior
vencem-se todas as barreiras.
Avisa-se
Portugal da nossa decisão. Se até
quinta-feira à noite não houver noticias
----
quererá dizer ----- boas noticias . É
sinal de termos passado a fronteira da Mauritania.
E
no “bouchon”
lá se formou o “convoi
militar” composto por 1 tenente, 2 cabos e 2 soldados que se dividiram pelas
viaturas civis, 2 motos, 1 furgão, 2 todo-o-terreno e 5 peugeots ligeiros (que
pareciam ter fugido de qualquer ferro-velho parisiense mas que se destinavam a
ser vendidos por bom dinheiro algures onde não existem inspecções periódicas),
para além de nós.
Dia
longo e quente, tanto no ambiente como no nosso sangue. Lá fomos progredindo, auxiliando este,
empurrando aquele e finalmente chegámos a um acampamento. Fomos então informados de que prosseguiríamos
no dia seguinte.
Faltavam
agora 36 kms., era já ali! tão perto
... e possivelmente tão longe!
Chegámos. Um a um, por ordem de preferência, lá foram
passando a barreira de arame farpado
----- foi duro só nós continuarmos
ao sol tórrido do Sahara. Foram seis longas horas de espera. Graduado militar da Mauritânia à vista !
Alvíssaras!?
NÃO.
Acabou
a espera, a expectativa e a esperança.
Assumimos amargamente a derrota mas nada mais era possível fazer --- nem
sequer vender a alma ao demónio, coisa que todos teríamos feito se nos tivesse
sido pedido. Aliás, alguém na Embaixada
da Mauritânia, a troco não se chegou a saber de quê, poria os dois elementos da
expedição para além da fronteira --- os
outros não! Adiante.
Não
nos era permitido continuar no local. As
sombras já eram bem longas no chão pelo que o rápido anoitecer africano não se
iria fazer esperar muito.
Viaturas
em movimento, seguir com muita atenção o trilho que o carro do chefe marca na
areia, nada de desvios que uma mina enterrada pode transformar em tragédia o
que afinal é um simples contratempo.
Vencidos
de novo os tais 36 kms. agita-se o chefe já fora do seu jeep fazendo parar toda
a caravana. Percebe-se então o afluir de
militares marroquinos armados desde o aquartelamento até junto da barreira onde parámos.
COMEÇA O
PESADELO
Entrar
em Marrocos de novo? Será necessário obter permissão. Acompanhamento para
Dahkla? só depois da tal permissão -
serão precisas pelo menos 36 horas.
Deserto,
deserto absoluto. Há que aceitar o inevitável,
preparar algo para comer e de seguida dormir para as horas parecerem
mais curtas. E esperar --- 36
horas ! Vai parar a sexta-feira.
E LISBOA ?
O
nosso contacto anterior, o incansável amigão JOÃO VANTACICH, quinta-feira à
noite nenhum contacto, PASSARAM,
devem estar a chegar ao Senegal!
Mas se não estão ? Em que tipo de
comboio se terão integrado? Terão
penetrado na Mauritânia marginalmente? Terão sido denunciados e assaltados ? ou
apanhados pelas autoridades?
Instala-se
a preocupação e desenvolvem-se contactos internacionais à procura de saber não
se sabe bem o quê. No Senegal não entraram portugueses --- mas ainda é cedo! Embaixada de Portugal em Marrocos --- não se
preocupem! devem ter-se integrado num comboio militar e PASSARAM.
NÃO
PASSÁMOS . NÃO PASSÁMOS. NÃO PASSÁMOS!
ESTIVEMOS NUMA PRISÃO SEM GRADES, NA TERRA DE NINGUÉM, ALGURES NO
SAHARA,
ENTRE
MARROCOS E MAURITANIA, PERANTE A INDIFERENÇA
DO EXERCITO MARROQUINO E O NÃO NOS VÊR DOS CARROS DA UN, ASSISTINDO A DISPUTA DE UMA TERRA QUE NEM
ERVA OU LAGARTIXAS CONSEGUE CRIAR.
Nova
saga para o regresso. Agora
acompanhados por um CABO viajando numa
viatura acabada de entrar da MAURITANIA
e que faz a caravana ( os nossos carros, 2 jipões todo-o-terreno e 1 camião) progredir sozinha enquanto faz os
seus próprios negócios aligeirando a viatura da carga que trazia no tejadilho,
no porta-bagagens aberto e no interior.
Além da sua forma descarada de proceder o sujeito, dando ares à nossa
Rosa Mota, é quase provocatório na sua lentidão e demoras.
Finou-se assim o dia de sexta-feira.
Em Dakhla
- TEMPO DE ACÇÃO
É
tempo de transferir para Marrocos a ponte aérea prevista para Guiné-Bissau.
Voos só na próxima semana e é necessário fazer chegar rapidamente a Portugal a
equipa médica que tem compromissos firmados.
De uma forma quase simples a Leonor transforma quilómetros em
metros e horas em minutos, atingindo
várias “red lines” fá-la embarcar em Agadir às primeiras horas de domingo,
conseguindo assim cumprir o calendário estabelecido.
TAN-TAN
PLAGE
Novo
ponto de reunião –
Aguardam-se
os MOTARDS e a nova equipa que se nos vem juntar.
Estamos
sós, porcos e feios. Parados na muralha sobranceira à praia. Cansados, desiludidos, desamparados, quase quase
desalentados.
EIS
QUE SURJE UM ANJO! UM ANJO NEGRO, da Guine-Conakri. - PORTUGUESES NÃO DORMEM NA AREIA DA PRAIA
ENQUANTO EU TIVER UMA CASA PARA OFERECER.
Um
negro de interior branco que não esquece o “velho português” que fez dele um
homem e a quem deve tudo o que tem e o que é. A paga é uma hospitalidade franca
e total amor pelo próximo ---- uma lição a aprender.
DUAS
LAGRIMAS (OU TALVEZ MAIS)
Uma
equipa, 3 companheiros, cansados e desiludidos querem regressar. Não somos ninguém para os impedir mas a mágoa
tocou fundo. Para alguém que se entregou na preparação da expedição este
abandono representou a frustração de uma missão mal cumprida.
Partida
preparada para a próxima madrugada. Com eles viajam mais 2 viaturas que em
Agadir recolherão a nova equipa e entretanto visitarão Marrakech mais
aprofundadamente. A seguir, de novo a reunião de todos em ZAGORA.
Uma
mensagem para quem é verdadeiramente culpado da pressa no regresso. Não LHES
perdoamos STEFFANY, CIDALIA E ANDREA!
MEIA-NOITE
Finalmente
os motards. Não os esperados 3 mas somente
2 ---- e que bem nos deram que fazer!
OUTRA
MANHÃ
Partida
em direcção a Zagora com a descoberta de novas pistas. Quem falou em pistas? Se
pistas existiam não se viram! Só pedras pretas, brancas, redondas, bicudas,
enormes, pequenas, pedras e mais pedras, barulhentas, casquinando de nós,
rompendo-nos
a paciência e o animo e pior ainda, os pneus. Mais furos, da moto, do Range-Rover,
dos nossos nervos esticados. Saltos e mais saltos, partem-se os apoios da grade
do UMM; descarrega pneus, jerrican, vira grade, carrega tudo, ata de novo e lá vamos.
Nova paragem, tira a bagagem do interior, carrega a moto, mais um furo
irremediável. Terrível experiência numa noite de lua tímida a esconder-se com
medo de ouvir os nossos insultos.
Alvoreceu
em Zagora. Já estávamos de novo todos juntos. Uns dormiam outros adormeceram
numa pérgula num jardim digno das mil e uma noites. Era manhã.
Tempo
para limpar poeiras e retomar forças. O chefe ofereceu um dia de piscina e boa
comida Marroquina. Mais compras ou trocas, houve quem desse a tal voltinha de
camelo, e aí estamos de novo para o ataque.
AS PISTAS
PARA MERZOUGA
Novamente
as pistas. Quais pistas? Contaram para alguém que uma vez havia pistas. Delas
só encontrámos os restos e em avançado estado de decomposição.
PERDIDOS
NO DESERTO! O P.P. e o GPS dizem que não!
Areia,
dunas, mais areia, mais dunas e assim se fez noite (bendita noite, sem lua que
hoje achou melhor não aparecer).
O
Rui magoou-se num pé, o terreno é mau. VAMOS DORMIR. Há quem não monte a tenda
nem jante. Como vamos conseguir sair daqui?
E MAIS UM
DIA
Bem
cedo, luz o buraco, espanto total... estamos numa imensa planície cercados por
montanhas ao longe (na véspera julgávamo-nos num desfiladeiro!); são horas de
café e ir andando.
De
novo porcos e feios iniciámos a marcha para logo voltar a parar. Passagem? Por onde? O
Joãozito, com a moto do Pedro (o Pedro conduzia a do Rui) foi tentar. Más
notícias --- por ali não se passa. Não
assumo a responsabilidade de mandar os jipes por ali para ficarem atolados.
O
chefe investiga mais além. Há que economizar combustível. Vai o UMM em
exploração. Volta 2 horas depois. O único caminho é o reprovado. Lá vai ter que
ser! PASSÁMOS!
E
o P.P. e o GPS tinham razão, o CIEL BLEU de novo à vista, com um erro de 90
metros nos cálculos num troço de mais de 100 kms. Mostrou-se compensador ter
apanhado as coordenadas na primeira passagem.
DESTINO
ERFOUD
E
foram mesmo as últimas trocas. Umas cervejolas frescas (as nossas já tinham
acabado há 3 dias), uma boa cama e um MICHOUI (que quer dizer borrego assado)
para o jantar, acompanhado por um tinto francês.
A VOLTA DO
AZAR
Previsão
de chegar a MEKNES para no dia seguinte visitar CHEFCHAOUEN e TETOUAN e no
terceiro dia atingir CEUTA de manhã cedo.
Rola-se
cerca de meia hora. Paragem. A moto do Rui empanou irremediavelmente.
Moto
à corda até ao primeiro controle policial.
Não pode seguir a reboque. Saiem os pneus e os jerricans do Range-rover
do Jorge e carrega-se a moto até Midelt.
A
Leonor avança à frente para contactar Portugal e pedir o repatriamento da moto
à Seguradora.
Em
poucos minutos desenvolvem-se conversas telefónicas simultâneas entre Midelt,
Lisboa, Casablanca e Paris e numa hora um reboque aparece para carregar a moto.
A GESA é eficiente e o Ricardo foi um profissional excelente.
Não
obstante toda esta prontidão, indecisões e tentativas do Rui de manter a moto
na expedição retiveram-nos até à noite.
Foi o jantar de Tagine Kafta no Le Pin que nos deu ânimo para chegarmos
a TANGER ao raiar do dia.
E O FIM
APROXIMA-SE
Viaturas
embarcadas, joga-se uma lerpa ou
passa-se pelas brasas aguarda-se a Alfandega e as complicações aduaneiras ---
nada a declarar ---- adelante! E aí estamos na nossa Europa, deixando já para
traz, com uma ponta de saudade, o que na véspera tinha sido fastidioso.
Algeciras,
um almoço espanhol, Cádiz --- e perde-se o Patrol e a moto! Para traz, para a frente, olha ali vai o
Patrol! Pi - Pi - Pi. Ceguinho! abre os olhos! Já nos viu, mas para onde é que
ele vai virar? -- Oh João! OK Já vi. A moto teve outro furo, está à beira da
via rápida para Sevilha e já está aqui o pneu arranjado.
De
novo juntos... e não foi esta a última vez.
Dormir
rápido em Vila Real de Santo António (não há como o nosso Portugal)
A CHEGADA
LISBOA,
LINDA CIDADE... E VAMOS DEIXAR-TE PARA TRAZ!
Os
nossos dissidentes esperam-nos em Aveiro com um belo caldo-verde, 2 leitões da
Bairrada, muita salada, espumante e tudo de crescer água na boca a quem há um
mês só come marroquino e rações.
Chegamos
com 2 horas de atraso, o Range-Rover do Jorge pifou ao Km.3 da A1 e com ele
ficou o Patrol e a moto do Pedro. Não dá para voltar, vamos seguir. A 1 km de
Condeixa o Rui com a sua 2ª moto à mão,
um último furo.
Finalmente
chegámos todos.
F I M
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